Quem jamais experimentou um vazio existencial? Quem não se sentiu sozinho e abandonado em meio a tantas pessoas? quem nunca desejou algo eterno na vida?
Independentemente de raça, sexo, idade ou cultura, o ser humano busca o infinito. Toda pessoa, em todo momento da vida, se depara com essa verdade sobre sí mesma e com a insatisfação em relação às realidades criadas do mundo, objetos, pessoas e da própria vida. Quando não buscamos por Deus, que é o nosso alimento, continuamos inquietos, frustrados, sem sentido existencial.
O Salmo (63,2) diz: "Desde a ourora te procuro. De ti tem sede minha alma, anela por ti minha carne como terra deserta, seca, sem água." Já nascemos para Deus, desde a aurora da nossa existência, procuramos aquele que nos fez, sentimos uma "saudade" da nossa origem e passamos esta vida como em uma terra árida em busca de água para fertilizá-la, que é Deus, quem nos vivifica, tornando nos fecundos, saciados em nossa caminhada. Caminhada essa que por vez, ao investigarmos nos satisfazemos com coisas temporais, pessoas passageiras, realizações temporais e prazeres que duram poucos, efémeros. Em busca do infinito aceitamos o finito para satisfazer nossos desejos. Essa ilusão de que outra coisa substitui Deus na vida de um ser humano, mesmo que não pensamos assim exatamente, porém é como o fazemos, é presente na sociedade e promove proliferação de uma nostalgia de viver.
Que a nossa sede de Deus seja saciada apenas pelas coisas que dEle provêm. Que nunca nos afastemos da presença dessa água que nos torna fecundo e que fecundemos o amor ao próximo assim como Ele nos ama.
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